Fiquei aqui pensando: como vocês mulheres gordas que procuram nossos Vestidos de Festa, se sentem ao ver nossas fotos.
Será que vocês preferem ver modelos “Plus Size” que vestem 48/50 no padrão “gorda aceitável”, ou seja, aquela que tem o corpo ampulheta, mais quadril, pouca barriga, cintura fina e peito grande ou médio ou querem ver representabilidade e realismo, com modelos que vestem de 50/54, de proporções menos certinhas, com barriga e pernas e braços gordos?
Porque na verdade, isso é uma faca de dois gumes, pois algumas podem dizer: Ah, mas qualquer vestido neste corpo fica bem, ela não tem barriga, culote, etc, etc. Ou seria assim: Nossa, mas não vestiu bem, este vestido marcou a barriga, não valorizou, os braços de fora não ficaram bem, etc, etc…
Acho que posso dizer que cobramos aceitação, mas ainda temos fixado em nossas mentes o que é certo e ideal e vai levar um bom tempo para que a gente consiga se livrar destes moldes de verdade e nos libertamos.
Ao falarmos de corpo, não tem corpo certo ou errado, nem para o corpo gordo. O que tem é uma ideia embutida na cabeça da gente do que é melhor, mais bonito. Você pode não ter o ¨corpo certo¨, não ter o biotipo ampulheta, mas seu corpo é perfeito, você é perfeita.
Fazer as pazes consigo mesma diante do espelho é um ato de resistência diário. Sua felicidade não se associa a um corpo perfeito. Ter medidas padronizadas não vão te garantir nenhum tipo de felicidade.
Um corpo não deveria ser visto como objeto de consumo ou como mercadoria. A luta é de todas para desconstruirmos estes “padrões de beleza”. Isso é uma tendência e não um destino, sendo assim, quando a sociedade detecta uma tendência indesejada, é o momento de mudá-la!
Um grande beijo!
Nina